28 de janeiro de 2014

O enigma - parte 3

                Algo estava acontecendo. Quem iria bater na porta da minha casa à essa hora da madrugada? Coisa boa não era. Imediatamente fechei meu laptop e o coloquei na bolsa. Droga. O que estava acontecendo? Quem está atrás de mim?
                Peguei a minha arma e na ponta dos dedos fui até a porta da frente. Meu coração estava à mil por hora e minha respiração estava tensa. Olhei pelo olho mágico, mas não consegui enxergar nada. Droga! Alguém estava tampando a visão e isso não era nada bom.
                Novamente, nas pontas do pés fui até o corredor dos quartos, entrei no banheiro e tranquei-o. Só havia uma coisa para fazer naquela hora.
                Fazia anos que não usava aquele lugar. O usava apenas em caso de emergência, como essa.  Abri o armário que ficava ao lado da pia e então puxei uma alavanca que ficava escondida e com muita dificuldade entrei. O cheiro era horrível. Estava tudo na mais absurda escuridão.  Droga! Por que não peguei a lanterna?
                Respirei fundo, tinha que manter a calma. Fui colocando meu pé na frente, apalpando os degraus que tinha. Me apoiei em um deles e sentei, indignada. Peguei o celular, mesmo sabendo que sua iluminação era fraca, mas foi o suficiente para conseguir enxergar algumas coisas. Então devagar, fui descendo as escadas.
                Assim que desci o último degrau, observei aquele espaço. Numa parede estava um grande armário, onde ficava guardado tudo o que um dia iria precisar. Não era só armas, havia também explosivos, celulares, mochilas com roupas e acessórios que poderia precisar, como naquela hora. Bom, estou sem tempo para ficar enumerando os itens do meu armário secreto. Mas, só para constar, nada disso foi roubado.
                Preciso me apressar!
                Tirei uma das mochilas do armário e coloquei sobre a mesa. Rapidamente, peguei dois celulares, uma arma e um skate.
                Debaixo da escada havia uma passagem muito estreita. Porém, era o único caminho seguro para sair. Peguei a lanterna de dentro da mochila e a segurei em minha boca, me abaixando para passar na pequena passagem. O caminho era curto e úmido. Logo, cheguei à uma pequena janela e com um chute ela se quebrou. Fiquei em silencio, tentando escutar algum barulho. Fiquei com receio de que alguém pudesse ter ouvido a janela se quebrando, mas pelo jeito não havia ninguém por perto. Coloquei a cabeça pra fora verificando se estava seguro e só então sai de lá.
                Respirei fundo e olhei para os lados, mais uma vez. Não havia ninguém por perto. Ainda abaixada troquei de roupa colocando uma calça skatista, tênis, blusa preta e um boné. Então como se nada tivesse acontecido e fosse uma adolescente rebelde fui para a calçada e comecei a andar com o skate.
                Alguns segundos depois algo me atingiu. Cai desesperadamente no chão e antes que pudesse perceber o que estava acontecendo, vi algo que fez meus olhos de fecharem.

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 renata massa